sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A criança (Número quatro)

Essa criança dentro de mim, esse espírito infantil, essa menina tão pequenina.
Lá está Maria, que conta as estrelas no céu. Maria que não se cansa de olhar,
de procurar, de perguntar...

Maria dos ventos, Maria da lua, Maria da rua.
Maria Almeida, assim que eu gosto de assinar, com o nome reduzido.
Em sânscrito, significa Maya ( Ilusão) - Minha Mãe me chama pelo segundo nome ( Arlete).
Sinceramente não gosto. Me chamo Maria...Arlete ...Lacerda...de...Almeida.
Inventei um segundo nome ( Irmana).
Irmana Almeida, Borboleta azul, Sofia de Milo, Clarice Maya, ou Fadinha, Ser galáctico,
Ser do Cerrado, dos Cogumelos azuis, do Reino de Zenitfenixtrix...

É muito além das estrelas,....
Isso só é um fragmento de mim, porque quando passo,
sou pássaro em revoada, sou vento nesta estrada e pouco ando
na madrugada....A noite durmo junto com as crianças, QUE MORA
NA CASA AZUL. Minha alma azul, meu espírito azul, me derramo de só de ver a luz azul que sai de mim.
Essa criança que dança, se integra e convoca toda a energia pura da pureza...
Puro, puro, puro, puro...

19/12
11:37

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A história (Número três)

Sou eu que conto, eu por mim mesma!
E este capítulo me provoca, me convoca.
E eu agora já não sinto mais o dever de ocultar...
Poque dói tanto e eu gostaria de esquecer.
Contudo, não há nenhum modo, uma fórmula, uma teoria,  a não ser a dura e inexorável realidade do dia a dia....Que construo e movo um novo amanhecer, buscando esquecer....
Na prática, o pensamento da lembrança não sai ainda....
Enquanto isso eu vou caminhando no aqui e agora....
Estou em casa novamente, isso me dá muita alegria.

O retorno ao lar, onde tudo começou, o lar sagrado lar...
Eu, minha casa, minha morada, o silêncio dentro de mim e essa vontade de dizer, escrever, de crer que uma nova esperança, possa fazer essa criança crescer e entender como é viver aqui e agora!


19-11-12
11:22 min

O respeito ( Número dois)

Aprendi, o que é o respeito?
O respeito de aceitar sua decisão...
Claro, interferindo de algum modo em sua compreensão....
Senso comum, mundo sensível, pele, corpo, alma inteligível.
Vou manifestar minha opinião, se couber....
Reflita, sinta, pense, faça um movimento, transforme o mundo, à partir das transformações do seu mundo...
Oras, respeite....A dor do outro é intransferível, não pode sentir minha dor...

Eu mulher, nunca pensei l, nem plantei a semente da violência, entretanto, passei por cárcere privado, tortura espancamento, pauladas, que em meu corpo ainda tenho marcas....Assim 8 dos meus dentes quebrados, no murro, na violência de duas pessoas drogadas, uma delas, incorporada....

Meu Deus! Nem queira saber  , do terror, do pesadelo, da prisão, da tortura de estar amordaçada, amarrada, sendo constantemente espancada....30 dias de cativeiro, minha casa , minha prisão, meu marido, meu algoz...Tendo chegado de um capotamento, um acidente de carro, que terror!
Vai fazer 3 anos e ainda em terapias, ainda não sarei, entretanto, abrindo minha boca , já é um pressuposto de cura, preciso superar esse trauma, não consigo esquecer ainda!
Mas o respeito por mim e o perdão a mim, estou liberando....
E é claro, não é culpa sua, eu sei, você não tem responsabilidade, não é mesmo?
Deve pensar, sei lá  o que pensa...
Sei do que eu sinto e penso...

Mas, por favor! Não banalize meu sofrimento, não me critique, você não sabe nada de mim, é muito fácil criticar o outro, né?
Mas, saber realmente o que o outro passou....
Contudo, entendo que você não tem nada a ver com meu sofrimento, não é assim mesmo?
Eu penso por que somos um.
Como posso eu estar feliz, sabendo que agora neste exato instante morrem milhões de pessoas no mundo?
Como posso eu não olhar em volta do mundo? Como posso ignorar a dor do outro?
Será que é assim mesmo? Pod eme dizer?
Vai ficar de braços cruzados?
Rir da dor do outro?
Cobrar, ameaçar?
Que mundo é esse?
Onde estou?


19-11-12
08:09 min

(1) O Choque

A realidade se mostra e eu dentro dela, o que vejo é assustador. A compaixão, a solidariedade existe ainda, eu acredito. Por que a fé que tenho é no milagre que transformo a cada dia meu viver. Nada se limita quando quero, minha vontade, meu poder. Abro portas, derrubo muralhas e com amor derramo meu coração...Abro o verbo e com a palavra  demonstro através do testemunho da verdade que digo. A cada dia sinto....E com o sentimento a certeza da descoberta de cada um para mim...O que vejo é muito além...Não me canso de enxergar bem dentro de cada um...E minha compaixão cresce mais ainda...A compaixão que busquei para mim em muitos, encontrei em poucos.

Agora derramo minha compaixão, porque sinto muito de ver tantas pessoas sem luz interior para  se ver dentro de si mesma....Como posso querer que vejam a mim? Lágrimas caem no meu rosto agora...Porque enxergo com os olhos da alma...E vejo tantos que confiei, sem amarem a si mesmo...Como pois, esperei amor por mim?

Oh, menina ingênua!  De espírito tão infantil, de alma tão pura...Pura...
Como pode crer que despertaria compaixão em uma meia história contada?
Nem queira saber como fora quebrado meus dentes....O que passei, o que senti...
Não desejo nem para meu maior inimigo, este que não tenho ...Se tenho que se manifeste para que eu lhe peça perdão. Se erro, é procurando fazer o meu melhor, abro meu coração, minha vida é aberta.
Quanto tenho aprendido com cada um  a cada dia, a cada erro, a reflexão, entendo agora....

19-11-12
07:24 min

È aconchego

 Chegou o Amor, e como é intenso seus eflúvios, são serenos, suaves são suas nuances, é leve, é seguro, seu abraço não é laço, é aconchego!